ZM - 04


Velocidade é isso, sentir-se livre. Quando corremos pensamos na vida, ficamos em silêncio, ouvindo apenas o barulho do motor. - Paul Walker



Já eram três horas da tarde, quando Zayn se despediu da minha família, o acompanhei até seu carro, ele segurava minha mão e à medida que nos aproximavam do seu carro ele apertava ela:
EU: Se continuar apertando minha mão é capaz de eu não conseguir dirigir. – ele me olhou assustado e deu um riso de canto e foi soltando minha mão aos poucos.
Zayn: Desculpa, não é minha intenção. – ele beijou o canto da minha boca. Estávamos perto do seu carro, ele olhou o relógio e viu a rua. – Hoje é sexta?
EU: Sim. Por quê?
Zayn: Nada. – ele nunca, terminava as conversas que tinha, fazia as perguntas e quando era respondida, não me dizia o porquê delas.  – O que vai fazer, quando sua ficha estiver limpa? – ele olhava a rua perdido.
EU: Pretendo voltar para Los Angeles. Onde realmente minha família vive. – ele me encarou preocupado. – Sabe que minha vida não é aqui em Londres. Eu não consigo me ver em outro lugar, a não ser com aqueles que eu cresci, com meus amigos e em casa.
Zayn: Então vai voltar?  - sua face estava séria.
EU: Talvez. Aqui não é meu lugar.
Zayn: Mais e seus amigos, sua mãe e “eu”?
EU: Meus amigos e VOCÊ, vou sempre visitar. Já minha mãe, nem desconfia que eu, roubei um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro, acha mesmo que ela vai ligar se eu decidir voltar pra família do meu pai. – passei meu braço por cima do seu ombro e beijei-o.
Zayn: Tenho que volta ao trabalho. – ele finalizou mordendo meu lábio. – Te encontro na sua casa?
EU: Não sei... Vou à oficina.
Zayn: Vai ver seu carro? – ele levantou uma das sobrancelhas sem entender o que eu queria.
EU: Também. – me afastei dele. - Vou me despedir. – ele riu pra mim.
Zayn: Tchau pequena. – ele acenou pra mim, eu retribui o aceno. Vi seu carro saindo bem rápido.
Entrei em casa e vi minhas chaves em cima da mesa, peguei e caminhei em direção ao quintal onde todos estavam espalhados conversando vários assuntos ou até mesmo falando da vida dos outros, mais do nada minha prima aparece:
Prima: “seu nome” cadê o Zayn? Ele já foi? – ela falava de um jeito que sinceramente me dá nojo. Não respondi, apenas afirmei dando um sorriso fechado.
Aproximei-me da mesa em que alguns familiares do seu noivo estavam:
EU: Mãe! – ela me olhou e assim todos me olhavam curiosos e admirados.  – Já vou. Tenho que resolver uns problemas no trabalho. – ela riu, sabendo que era mentira.
Eu fui quase correndo para meu carro, dei a partida com o pneu catando, fui à direção contrária do Zayn. Chegando à oficina estacionei o carro atrás de um Ranger cinza, com a parte de trás toda amassada, eu dei a ré entes que alguém me olhasse e fui direto onde o Dom:
Ramon: Que troço é esse?
Tej: Não mexe. Esse brinquedinho não é pra você. – tomou a arma dele,
Ramon: Qual é dude. Você sabe que eu sou fera em armas desse porte. – pegou a arma de volta.
Tej: É... mas isso. – apontou para os fios que tinha nela. – São cabos de aços.
Ramon: E o que isso tem haver?
Tej: Que esses cabos são os mesmos que seguram pontes. – riu.
Olhar aqueles dois discutidos era impagável, olhei para as TVs que tinha imagens dos possíveis bandidos que quebraram meu carro. O Ramon estava se aproximando da tela, depois de ter dado um possível tiro com o “brinquedinho” do Tej em direção ao Toretto:
Ramon: Dude, esses caras parecem uma versão de nós. – ele olhou para todos. –  Olha esse negão aqui... É pintoso, tá na cara que sou eu. E esse olhinho puxado, parece com você Han. – parou no homem enorme só tinha músculos. – Esse com certeza é Toretto. – andou até a mulher loira. – E essa... Ei Brian. Quando foi que você pousou pra essa foto. – todos riram e Brian mostrou o dedo do meio para ele. – Tô brincando, eu se que nosso loirinho é mais bonito.
Tej: Hey moça. Alguma novidade? – ele mexia no computador.
EU: Não, só o fato de ter visto o Ranger que Brian bateu, na oficina dos meus amigos. – todos me encararam.
Dom: O que você estava fazendo lá? – ele estava com os braços cruzados esperando uma resposta.
EU: Fui resolver um probleminha no meu carro. – joguei o aparelho bem pequeno na mesa.
Brian: É um rastreador. – ele me olhou sério.
EU: Sério. Não me diga. – disse sarcástica.
Dom: O que eles estavam fazendo lá?
Ramon: Conserta o carro. O que mais se faz em uma oficina?
Gisele: Aqueles carrinhos?
EU: São barulhentos.
Brian: Motor a diesel, não há muitas oficinas que fazem isso. – ele foi em direção ao Tej. – Procura por oficinas que mexem com carros com motor diesel.
Tej: É pra já. Achei, há cinco oficinas.
Han: Qual delas vai ser a mais provável? – ele ria mesmo sabendo qual delas seria.
Gisele: A mais escondida.
Tej: Então será essa. – passou o endereço.
Han: legal. Vamos.
Ramon: Com certeza. – Gisele foi junta.
EU: Vou com eles.
Brian: Tá bom.
Formos em carros diferentes, chegamos ao local que parecia abandonado, ficamos na parte de cima olhando um homem arrumando algo, um tanto perigoso:
Ramon: Sério. Quando foi que Justin Bieber aprendeu a segurar uma arma. – acabamos rindo. – Então o plano é o seguinte, eu vou lá e vocês ficam aqui dando cobertura.
Gisele: Só tem um probleminha. – ela riu me puxando. – Ele é homem. – saímos em direção a onde o homem estava.
XX: Oi garotas, o que fazem aqui?
Gisele: Queremos informação. Nós vimos uns carrinhos baixinhos. E disseram que você os fez e queremos um.
XX: O que ganho em troca? – ele passou a mão no meu rosto. – Vocês podem fazer o que eu pedir.
EU: Ou não. - tirei uma arma silenciosa e apontei para cabeça dele.
Gisele: Olha. Minha amiga não tem pena de ninguém. Vai dizer ou não?
XX: Vão ter que me matar. – ele riu, atirei no pé dele. – Aiii. Quem mandou vocês aqui?
EU: Isso não vem ao caso. Vai responder a pergunta?
XX: Não. – dei outro tiro na perna. – Tá bom eu digo. Eu respondo. – ele nos levou para dentro de sua oficina, onde havia um computador.
Gisele: O que sabe sobre o Klaus?
XX: Ele não fala muito. Pediu-me para eu preparar os carros, paga bem. – olhei o ranger parar na frente. – Desculpem meninas. – desceram do carro dois homens que saiu atirando, eu me abaixei rápido e saí pelos fundos, olhei um gigante e atirei nele, olhei Leti.
EU: Isso é impossível. – ele me viu e fugiu. Eu fui atrás dela corri muito até alcança-la. – Leti, você não se lembra de mim?
Ela avançou em mim tentando me bater, consegui desviar de alguns golpes, outro simplesmente acabei levando, ela me empurrou escada abaixo. Acabei batendo minha cabeça, só deu tempo de vê-la fugindo pelo metrô.
EU: Ótimo, estou com a cara toda acabada. – me levantei com dificuldade e saí dali, tentei saber onde estava até ver Gisele com a chave do meu carro. – Valeu. - peguei a chave. - Ele disse alguma coisa?
Gisele: Sim.
EU: E os outros?
Gisele: Não sei. Vem te ajudo. – formos até onde os carros estariam estacionados.

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