Para mim o ronco do motor é o silencio na sala do hospital.
Fui tomar meu banho e fazer minha higiene, saí do banheiro
enrolada na toalha, peguei uma calcinha que tinha em uma das gavetas, uma blusa
de manga comprida e um short bem folgado para dormir e desci:
EU: ZAYN! – a TV estava ligada, mas ninguém na sala. Fui à
cozinha e vi-o se limpando. – O que aconteceu? – fui onde ele ajuda-lo a limpar
o que estava sujo.
Z: Nada. – ele me olhou e riu. – Vai pra sala, não quero que
se suje.
EU: Vai você tomar um banho, eu faço o jantar.
Z: Desde quando você faz jantar? – ele me olhou sexy, deu
vontade de morder ele todinho.
EU: Desde quando existe telefone? – passei o dedo pelo seu
rosto onde estava sujo de molho e provei. – Vai logo banhar, vou pedir pizza. –
peguei o telefone.
Z: Quando chegar me chame. Deixa que eu atendo. – ele sempre
tinha essa preocupação comigo, tinha medo que alguém viesse me matar ou algo do
tipo.
Ele subiu e eu pedi a pizza, depois que fiz os pedidos fui
limpar a cozinha, passei quase vinte minutos limpando, fui para sala assistir
algum filme que passava, a campainha tocou:
Z: Eu atendo. – ele já estava na sala. – Obrigado. – pegou a
pizza e o refrigerante, fiquei olhando a dificuldade que ele estava em
equilibrar uma pizza quente e um refrigerante. – Você poderia ajudar, né
pequena.
EU: Ah! Claro. – me levantei e peguei a pizza da sua mão.
Z: É de quê?
EU: Calabresa e margarita. Pega os pratos e copos. –
coloquei a pizza na mesa.
Z: Tá. – ele foi à cozinha. – Tem certeza?
EU: De que?
Z: Nada. – ele riu e me abraçou por trás colocando os
pratos, talheres e copos na mesa. – Te
amo demais, pra te deixar ir embora.
E: Quem disse que vou embora? – me virei para olhá-lo.
Z: Um passarinho azul.
EU: Na Inglaterra tem arara – azul?
Z: Arara? O que é isso?
EU: Nada Malik, não é nada. – nos sentamos e começamos a
jantar. Eu comi duas fatias e o Zayn três, subi para o quarto, escovei meus
dentes e fiquei mexendo no computador, estava vendo alguns carros até parar em
uma moto. – Estranho.
Z: O que é estranho? – ele estava entrando no quarto e se
sentou ao meu lado.
EU: Essa moto. – peguei meu celular e liguei para Gisele.
Ligação ON
G: Fala.
EU: Entra no site carros e motos. Ver a moto 72 da quinta
página.
G: UAU.- ela disse espantada.
– Ela tem motor diesel.
EU: Também. Mais olha as rodas é de origem russa e o
vendedor é britânico.
G: Vou pedir para o Tej checar ,
valeu “seu nome”.
Ligação OFF
Zayn me encarava sem
entender nada do que acontecia:
EU: Não vou explicar.
Z: Não precisa.
Eu me deitei e ele se deitou ao meu lado, colocou sua mão na
minha barriga e entrelaçou sua perna na minha:
Z: Quando pretende deixar essa vida? – senti seu hálito
quente em meu ouvido.
EU: Que vida?
Z: De correr. De querer encarar a morte. Afinal o que houve
com seu rosto?
EU: Uma velha amiga me bateu.
Z: Por quê?
EU: Ela... não é mesma. – fechei meus olhos e senti-o me
abraçando mais forte.
Z: Você não está nessa pra vingar a morte do seu pai, está?
EU: Não, estou nisso porque o Dom pediu minha ajuda e como
toda família, eu vou ajuda-lo. – me ajeitei. – Agora Zayn vai dormir.
Z: Boa noite. – ele beijou meu rosto.
EU: Boa noite.
Fiquei pensando em muitas coisas, de tudo um pouco. Pensei
sobre o que realmente faria quando minha ficha estivesse limpa, se realmente a
minha mãe ligaria se eu sumisse. Acordei com o meu celular chamando, olhei o
relógio que marcava oito horas, Zayn já não estava na cama. Fui ver o celular e
havia um SMS do Dom pedindo para que eu fosse encontrar ele na oficina dos meus
amigos. Fui fazer minha higiene matinal, saí do banheiro indo direto procurar
uma roupa e pegar minhas coisas, quando fui procurar minha arma na gaveta onde
eu a escondi não encontrei ela no local que eu havia deixado:
EU: ZAYN! – gritei já sentido raiva, peguei a chave do meu
carro. Eu tenho certeza que ele pegou essa arma. – Cadê? – o encontrei sentado
na mesa tomando seu café.
Z: Cadê o que? – ele se fez de desentendido.
EU: A arma Zayn. Cadê
ela?
Z: Você não vai sair com uma arma. – ele foi rígido.
EU: Então tá. – fui em direção a garagem, mandei um SMS para
Gisele pedindo outra arma, entrei no carro e o vi parado na porta. – Pode abri
a porta?
Z: Vai pra onde?
EU: Ficar aqui é que não posso. – liguei o carro e comecei a
acelerar. – Pode abrir o portão. Por favor. – ele apertou o botão e foi
abrindo, assim que vi o espaço que meu carro poderia passar eu dei a ré e sair
o mais rápido possível do local. Fui direto para a oficina, na porta vi o Niall
fazendo sinal para eu entrar na entrada ao lado. – Hey Nini.
Niall(N): Hey “seu nome”. Estava a onde?
EU: Estava com o Zayn.
N: Porque tá
irritada. Ele não fez um bom trabalho.
EU: Antes fosse isso. – sai do carro e olhei o Toretto. –
Ele simplesmente pegou minha arma. – fui onde o Dom. – Qual é a emergência?
D: O Tej comprou uns carros hoje.
EU: E o que ouve com os nossos?
D: Ficaram em péssimo estado, não tem concerto. Afinal,
ontem fiquei de frente com o Klaus. –
ótimo, eu que queria tá de frente com ele.
EU: Matou ele?
D: Calma. Não deu para fazer isso. Ainda. – ele riu. – Vamos precisar da sua ajuda hoje.
EU: Do que precisam?
D: Das habilidades em armas. – ele riu. – E claro do
volante. – olhou para meu carro.
EU: Onde encontro?
D: No mesmo lugar. Não demora. – ele saiu no seu carro.
EU: E meu carro como anda? – olhei Niall.
N: Anda bem. Só estamos finalizando. – ele riu de canto.
EU: Está sozinho? – não escutei nenhum barulho.
N: Não. Por quê? Queria se aproveitar de mim. – ele deu um
sorriso sexy e piscou.
EU: Sabe que o Zayn não deixa. – brinquei com ele. – LOUIS!
N: Para de gritar. – ele fez uma cara feia.
EU: Foi mal. – Louis
apareceu todo molhado. – Não quero saber. – me referi ao seu estado.
Louis(L): Foi mau “Seu nome”. O ar-condicionado pifou, estou
ajudando o Liam a consertar. – ele pegou um pano e se enxugou.
EU: É... Tá. – me levantei do carro. – Tem como me arrumar
um motor de cinco segundo?
L: Vai voar pra onde? – ele olhou para Niall e pra mim.
EU: Tem como arrumar?
L: Tenho. Vai me falar?
EU: Depois eu falo. – entrei no carro e fiz o sinal para o
Niall abrir. – Não fala para o Zayn. –
ele afirmou . – Me liga.
L: Okay!
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